segunda-feira, 30 de maio de 2011

Raquel



Raquel, cujo nome significa "ovelha", estava cuidando dos rebanhos de seu pai em Harã quando encontrou um visitante inesperado: seu primo Jacó, que procurava por sua família.
Após o que parece ter sido amor à primeira vista, Jacó prometeu a Labão, pai de Raquel, que trabalharia sete anos para conquistar o direito de se casar com a bela pastora. A cerimônia de casamento transcorreu de acordo com a tradição local, que permitia que apenas os homens participassem da festa, enquanto a noiva era mantida longe da vista até que o noivo entrasse na tenda escura.
Somente quando era tarde demais Jacó percebeu que o sogro o havia enganado. Ele se casara com a filha mais velha de Labão, Lia, a quem não amava. Uma semana após o casamento com Lia, Jacó recebeu Raquel como esposa. Ela deve ter ficado muito angustiada após ver 7 anos de expectatica frustrados pelon ardil de seu pai. A rivalidade e o ciúme entre Lia e Raquel, ou talvez o desejo de vingança de Raquel contra seu pai por aquele ardil, deve ter causado uma enorme tensão na família.
Além disso, Raquel era estéril, aumentando o seu ciúme por Lia. Culpou seu marido e depois permitiu que sua serva gerasse filhos por ela. Por fim, Raquel engravidou e deu à luz a José, que se tornou o filho predileto de Jacó. No devido tempo Jacó decidiu retornar à sua terra natal. Após sua partida, Labão descobriu o desaparecimento dos ídolos do lar. Sem o conhecimento de Jacó, Raquel havia colocado os ídolos nos alforjes carregados pelos camelos e sentou-se sobre os mesmo. Quando Labão obteve permissão para procurar em meio a seus pertences, ela alegou fraqueza por causa do seu período menstrual e não desmontou do camelo. Posteriormente, todo lugar onde se sentasse uma mulher menstruada seria descrito como imundo. Essas pequenas imagens eram rotineiramente mantidas em casa. Provavelmente, eram evidências indispensáveis para a reinvidicação da herança familiar, embora alguns acreditem que Raquel era uma adoradora de alguma crença pagã. Caso fosse verdade, ela deveria crer que as imagens dariam proteção na viagem e prosperidade em seu novo lar.
Raquel retornou para a terra natal do marido. Após algum tempo eles se mudaram e ela engravidou novamente. A viagem por terras montanhosas teria sido difícil sob qualquer circunstância e, ao chegar a Efrata, Raquel entrou em trabalho de parto e morreu durante o nascimento de Benjamim e foi enterrada em Belém.

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