quarta-feira, 1 de junho de 2011

Tamar



Os homens desapontaram Tamar durante sua vida. Seu lugar no matriarcado daquela tribo importante já deveria estar seguro, mas, em vez disso, por causa dos pecados de seu marido, ela ficou viúva e sem filhos. Deus previu tais situações instituindo a lei do casamento de levirato que assegurava asegurava uma linhagem ao homem falecido, ao fazer com que o irmão deste tomasse a viúva como esposa e gerasse filhos que levariam o nome adiante. Judá, sogro de Tamar, era o responsável por isso e tentou realizar o casamento dela com Onã. Mas quando esse segundo filho também morreu por causa de pecado deliberado, Judá pareceu ter desistido do assunto.
Tamar estava à mercê do sogro já que não podia se casar sem a sua ajuda. Em outras palavras, não havia lugar para ela dentro da família e nem fora dela. Além disso, sem herdeiros, a tribo de Judá enfrentaria a extinção. A importância da continuidade da linhagem de Judá era desconhecida naquele tempo. O rei Davi descenderia dessa tribo, assim como Maria, mãe de Jesus, e José, seu marido.
Na antiguidade, o destino de uma viúva era precário. Tomando o problema em suas próprias mãos, Tamar corrigiu os erros que os homens de sua família haviam cometido. Durante as festividades da tosquia das ovelhas, os cananeus realizavam magias e simpatias. Quando queriam algo dos deuses, eles mesmos praticavam ações de modo a levá-los a realizar os seus desejos. A prostituição era uma tentativa de conseguir com deuses um ano fértil. Tamar sabia que Judá participaria daquela celebração e, assim, disfarçou-se de prostituta cultual, cobrindo-se totalmente com um véu. Como era costume de tais mulheres, interceptou seu sogro e dele engravidou. O risco foi enorme, pois a viúva que engravidasse normalmente recebia uma sentença de morte.
As Escrituras não comentam suas ações, ,mas certamente dá a ela um lugar de destaque na genealogia de Cristo. Em Mateus 1, ela é a primeira das únicas cinco mulheres mencionadas. A atitude de Tamar não foi apenas enganosa, mas uma direta violação da lei de Deus. No entanto, Ele é capaz de cumprir seus propósitos e realizar seus planos mesmo quando falhamos. Tamar tinha um propósito legítimo, isto é, dar continuidade a linhagem de Judá, mas não confiou que Deus cumpriria suas promessas de acordo com seus próprios planos.
Mesmo que nossa motivação seja pura e o nosso propóstio legítimo, não agradamos a Deus com nossa desobediência.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Diná



Diná era a única mulher entre os doze filhos de Jacó. Quando seu pai finalmente se estabeleceu por um tempo próximo à cidade de Siquém, ela decidiu sair para conhecer os arredores, talvez à procura de amigos. Em sua exuberância juvenil, ignorou os perigos de estilo de vida pagão dos jovens de Siquém, totalmente contrários aos de sua tradição familiar. Talvez estivesse segura de que poderia se cuidar, mesmo em uma terra estrangeira.
Aquilo que começou como um passeio de reconhecimento local, terminou no trágico estupro de Diná, praticado por um jovem príncipe de Siquém. Não importa quais as circunstâncias que levaram aquela tragédia, Diná certamente não esperava ou merecia tal humilhação. Ela não só teria de conviver com o trauma do estupro, como também teria poucas chances de um casamento feliz no futuro.
Hamor, pai de Siquém, falou com o pai de Diná para pedi-la em casamento, como era costume na época. O príncipe a queria tanto que Hamor disse a Jacó que estabelecesse o valor do dote da noiva, propondo também uma aliança entre os dois povos ( algo proibido por Deus ). Embora o ato do estupro cometido por Siquém fosse deplorável, ele demonstrou mais integridade moral ao tentar consertar a situação do que o pai e irmãos de Diná. Através de um ardil, eles colocaram toda a população masculina em desvantagem e depois massacraram.
O resultado do passeio de Diná pela cidade de Siquém foi absolutamente trágico: ela foi estuprada, todos os homens da cidade assassinados, mulheres e crianças foram escravizadas, Jacó e a família tiveram que abandonar o lar, as chances de Diná conseguir um bom casamento desapareceram e o nome de Deus foi desonrado entre os idólatras.
Até mesmo as mais simples escolhas são, com frequência, desafios espirituais com os quais nossas irmãs e filhas devem ter cuidado, pois a curiosidade sobre o mundo pode colocá-las em situações nas quais poderão sofrer nas mãos de pessoas maldosas. Os pais também devem ser advertidos para que façam de sua casa um escudo e um abrigo para seus filhos.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Lia



Lia é descrita como tendo olhos "fracos" ou "baços", o que podia ser uma alusão à uma deficiência na visão ou apenas a falta de brilho no olhar. Através de um subterfúgio, Lia se tornou esposa de Jacó em lugar da prometida Raquel. Ainda que Lia tenha, no mínimo, aceitado a participar da fraude, ela deve ter sido uma filha muito obediente. Todavia, obviamente amava Jacó e se devotou a ele no casamento, embora tenha sofrido por ter sido objeto de decepção e do desprezo do marido, assim como por ter sido cúmplice de seu pai.
Mesmo vivendo sob constante comparação com a beleza incomum de sua irmã, Lia não estava escondida do olhar cuidadoso de Deus. Em sua onisciência, Deus permitiu que ela engravidasse enquanto a infertilidade de sua irmã era prolongada. Lia teve a honra de ser mãe do filho mais velho de Jacó, mas, erroneamente, presumiu que conquistaria o amor de seu marido. Lia enfrentou o nascimento de seu segundo filho realisticamente, mas aparentemente o mesmo profundo desejo ainda a consumia. Quando a terceira gravidez lhe sobreveio, exclamou: " desta vez, se unirá mais a mim meu marido" , revelando uma intensa necessidade de ser amada.
Lia começou seu casamento enxergando apenas o que lhe faltava e sentindo-se infeliz, mas mudou seu coração e se voltou para o que possuía determinada a louvar o Senhor. Somente o nascimento do quarto filho, Judá, fez essa esposa desprezada a aprender a confiar em Deus.
Traçando a linhagem messiânica, o mundo se alegra com Lia porque sua fidelidade foi recompensada. O "Leão da tribo de Judá", Jesus, o Messias, é descendente de seu filho Judá e a linhagem dos sacerdotes descende de seu filho Levi.
Lia personificou a necessidade crucial de viver primeiramente para Deus e sua glória. Embora não tivesse aparência atraente, não fosse amada nem desejada, chegando até mesmo a ser desprezada, Deus viu em Lia uma beleza interior que a capacitou a cumprir os planos Dele.
Ela não pôde mudar Jacó, mas pôde transformar-se e enxergar a mão de Deus em sua vida. De sua parte Lia não permitiu que as atitudes dos outros a distraíssem da tarefa que Deus lhe havia dado.

Raquel



Raquel, cujo nome significa "ovelha", estava cuidando dos rebanhos de seu pai em Harã quando encontrou um visitante inesperado: seu primo Jacó, que procurava por sua família.
Após o que parece ter sido amor à primeira vista, Jacó prometeu a Labão, pai de Raquel, que trabalharia sete anos para conquistar o direito de se casar com a bela pastora. A cerimônia de casamento transcorreu de acordo com a tradição local, que permitia que apenas os homens participassem da festa, enquanto a noiva era mantida longe da vista até que o noivo entrasse na tenda escura.
Somente quando era tarde demais Jacó percebeu que o sogro o havia enganado. Ele se casara com a filha mais velha de Labão, Lia, a quem não amava. Uma semana após o casamento com Lia, Jacó recebeu Raquel como esposa. Ela deve ter ficado muito angustiada após ver 7 anos de expectatica frustrados pelon ardil de seu pai. A rivalidade e o ciúme entre Lia e Raquel, ou talvez o desejo de vingança de Raquel contra seu pai por aquele ardil, deve ter causado uma enorme tensão na família.
Além disso, Raquel era estéril, aumentando o seu ciúme por Lia. Culpou seu marido e depois permitiu que sua serva gerasse filhos por ela. Por fim, Raquel engravidou e deu à luz a José, que se tornou o filho predileto de Jacó. No devido tempo Jacó decidiu retornar à sua terra natal. Após sua partida, Labão descobriu o desaparecimento dos ídolos do lar. Sem o conhecimento de Jacó, Raquel havia colocado os ídolos nos alforjes carregados pelos camelos e sentou-se sobre os mesmo. Quando Labão obteve permissão para procurar em meio a seus pertences, ela alegou fraqueza por causa do seu período menstrual e não desmontou do camelo. Posteriormente, todo lugar onde se sentasse uma mulher menstruada seria descrito como imundo. Essas pequenas imagens eram rotineiramente mantidas em casa. Provavelmente, eram evidências indispensáveis para a reinvidicação da herança familiar, embora alguns acreditem que Raquel era uma adoradora de alguma crença pagã. Caso fosse verdade, ela deveria crer que as imagens dariam proteção na viagem e prosperidade em seu novo lar.
Raquel retornou para a terra natal do marido. Após algum tempo eles se mudaram e ela engravidou novamente. A viagem por terras montanhosas teria sido difícil sob qualquer circunstância e, ao chegar a Efrata, Raquel entrou em trabalho de parto e morreu durante o nascimento de Benjamim e foi enterrada em Belém.

Rebeca



~* Uma das minhas preferidas -

Rebeca certamente figuraria entre as jovens mais interessantes da Bíblia, sendo retratada como pura e bela, gentil e prestativa, trabalhadora, hospitaleira. bem como compreensiva e confiável. Rebeca foi escolhida como a futura noiva de Isaque.
Os laços familiares eram evidentemente próximos, pois a primeira atitude de Rebeca foi contar às mulheres em sua casa tudo sobre o encontro com no poço. Ser escolhida para se casar com um parente rico era considerado uma verdadeira bênção de Deus. Seu pai e irmão sabiam também que era obra de Deus, mas a decisão de deixar a casa de seu pai seria dela, refletindo a autonomia que as jovens mulheres de sua cultura desfrutavam. Rebeca se ofereceu para um serviço humilde, o qual lhe abriu as portas para um destino grandioso, preparado por Deus para sua vida através de simples tarefas cotidianas. Sua coragem e fé motivaram-na a se aventurar do conhecido e familiar para o desconhecido.
Deus recompensiy a fidelidade de Rebeca com um casamento monogâmico que teve início com romantismo e amor. Em resposta à oração de Isaque pela fertilidade de sua esposa, Deus retirou sua esteribilidade com o nascimento dos gêmeos Esaú e Jacó.

A esposa de Ló



Embora Ló fosse um homem rico e influente, as Escrituras não registram o nome de sua esposa ou qualquer outra informação sobre sua raça ou família. No entanto, pelas indicações, sua esposa, que era uma mulher materialista e mundana, certamente falhou na educação espiritual da família, pois suas filhas se casaram com homens de Sodoma e praticaram incesto com o próprio pai.
A esposa de Ló não precisava morrer. Foi-lhe oferecida uma escolha - obedecer e viver ou desobedecer e morrer buscando os prazeres do mundo. Não está registrado onde Ló a conheceu ou quando se casaram, mas sabemos que tiveram duas filhas. O sequestro da família de Ló deve ter incluído sua esposa, e ela provavelmente estava entre as pessoas resgatadas por Abraão, pois este "trouxe de novo todos os bens, e também a Ló, seu sobrinho, os bens dele, e ainda as mulheres, e o povo.". Isso significa que ela talvez tenha ouvido o testemunho de Melquisedeque sobre Deus. Em outras palavras, estava ciente do Senhor e do seu relacionamento com Abraão, mas o estilo de vida de Sodoma teve uma forte influência sobre ela.
Sodoma era uma cidade sofisticada que oferecia uma grande variedade de oportunidades culturais. A imoralidade tinha alcançado o mais baixo nível de perversão sexual, tanto que o termo "sodomizar" derivou do nome da cidade. Ló, embora chamado de homem "justo", parecia também estar enredado pela influência de Sodoma. Ele escolheu criar sua família em Sodoma, mesmo sabendo da depravação daquela cidade. Ainda assim, o Senhor enviou mensageiros para resgatar aquela família de suas próprias escolhas destrutivas.
Deus queria salvar a espoa de Ló e enviou anjos para avisá-la, escoltá-la e, por fim, tirá-la do perigo. Não sabemos se ela compreendeu exatamente o que ia acontecer em Sodoma, mas ser escoltada por anjos daquela maneira certamente alertou-a que algo sobrenatural aconteceria ali.
A destruição, muito provavelmente, começou com um violento terremoto que ateou fogo nos gases e no enxofre. Brasas caíam ao redor dela. Embora tenha seguido seu marido para fora da cidade, ela se comportou como os israelitas no deserto que "no seu coração, voltaram para o Egito.". Da mesma forma que eles, também foi destruída.

domingo, 29 de maio de 2011

Agar



Agar, uma serva egípcia, foi adquirida por Sara e Abraão quando, junto de Ló, se mudaram de Canaã para o Egito a fim de escapar da fome.
Como sua dona era estéril, era perfeitamente legal que Agar servisse como mãe substituta, apesar de ser clara violação da lei de Deus e uma evidência da falta de fé de Sara e Abraão.
Entretanto, devido à gravidez, Agar mudou de maneira radical física e emocionalmente. Sara reagiu ao orgulho e à autovalorização de Agar como uma acusação vingativa contra seu marido, que insistia para que Sara assumisse total responsabilidade por sua serva, a qual fugiu devido aos maus tratos.
Deus revelou-se a essa escrava fugitiva e com sua terna graça atendeu às suas necessidades permitindo que experimentasse sua presença.
O legado de Agar é um comovente testemunho para o crescente número de mulheres desfavorecidas e sem recursos, pois em circunstância alguma elas estão fora dos cuidados do Senhor. Assim como Deus proveu para Agar, ele proverá para todas as mulheres.
O anjo do Senhor foi ao seu auxílio por duas vezes. Deus socorreu Agar e seu filho em períodos de crise e em outros momentos também.
Ao longo de toda sua vida, Agar sofreu separação e preconceito como estrangeira, privação e abuso como serva, sofrimento e abandono como mãe solteira e desespero em duas ocasiões, quando enfrentou a morte iminente. Apesar de todas essas dificuldades, Agar atendeu a Deus quando se dirigiu a ela.
Agar não foi recompensada por Sara ou Abraão; sua vida nunca foi fácil, mas o Senhor a recompensou. No Deus que tudo vê, Agar encontrou refúgio e vida.

Sara



Sara aparece na Bíblia como o modelo perfeito de Deus para uma mulher casada.
Sua vida é marcada por duas características notáveis: beleza e esteribilidade. Em virtude da sua beleza, até mesmo governantes pagãos a desejavam, mas sua infertilidade causou enorme humilhação na vida doméstica e até mesmo divergências conjugais.
Sem dúvidas Sara tinha beleza, brilho e criatividade, mas a qualidade que a fixou em nossa memória e a destacou foi sua exclusiva e inequívoca devoção ao marido, Abraão. Ela não compartilhou somente dos seus desafios e sofrimentos, mas também de seus sonhos e bênçãos. Sara não hesitou; ela permaneceu ao lado dele nas decisões acertadas e nas escolhas erradas, na adversidade e na bênção, na juventude e na velhice, sendo um ótimo exemplo de mulher que amou ao seu mardo de maneira incondicional e firme.
A Bíblia dedica mais espaço a Sara do que a qualquer outra mulher. Um capítulo inteiro discorre sobre a sua morte e sepultamento (Gn 23), ocasião na qual seu marido e filho sofreram profundamente.
Sara é elogiada em duas citações do NT (Hb 11.11; 1Pe 3.6), sendo também mencionada em Romanos e tomada como exemplo para demonstrar a diferença entre escravidão e liberdade. Ela é descrita como uma "mulher santa" do passado porque confiou no seu marido, concordando com ele em tudo. Pela narrativa, fica claro que Sara era uma mulher determinada, mas, ainda assim, escolheu se submeter a Abraão, numa atitude recomendada por Deus. Ela foi continuamente identificada como a esposa de Abraão, reforçando o fato de que Deus via o casal como uma só carne. Deles foi requirido que acreditassem que o Senhor lhes daria um filho.
Sara é a única esposa mencionada entre os heróis da fé. Sua experiência com a maternidade alternou sentimentos como ceticismo, vergonha, inveja e cruel recriminação com alegeria e êxtase. Mesmo Sara tendo pecado, Deus manteve fielmente a promessa de que ela seria mãe de muitas nações.

Eva



O governo sobre toda a criação foi dado ao homem, mas Deus declarou que não era bom que ele vivesse sozinho, e assim, da costela de Adão criou a mulher e a entregou por esposa, atingindo o ápice de sua criação.
A criação de Eva não foi uma decisão repentina ou uma casualidade, mas uma parte indispensável do plano de Deus. Adão e Eva foram criados "à imagem de Deus" e estabelecidos como seus representantes no mundo para cuidar de tudo aquilo que colocou sob o domínio deles.
Entretanto, a pureza e a inocência foram destruídas quando a serpente entrou em cena e Eva escolheu acreditar na mentira do diabo. Sendo livre para colocar sua vontade acima da vontade de Deus, ela assim agiu e, ao oferecer o fruto ao marido, fez com que ele também pecasse.
No NT, Paulo explicou as ações dos dois dizendo que Eva foi enganada, mas que Adão comeu o fruto com total consciência da transgressão. Depois, sentindo-se culpados, esconderam-se de Deus criando para si vestes de folhas de figueira para cobrir a vergonha. Dessa forma, eles não apenas romperam o relacionamento com Deus, mas também entre si, com todas as gerações vindouras e até mesmo com o mundo e a natureza sobre a qual deveríamos governar.
Deus amaldiçoou a serpente e a terra por causa do homem e profetizou sofrimento, trabalho árduo e morte para o primeiro casal. Para a mulher, dor ao dar à luz, ao educar os filhos e ao relacionar-se com seu marido. Resistiria à liderança na medida em que o domínio do homem sobre ela se distorcesse.
Expulsa de seu maravilhoso lar, Eva concebeu e teve dois filhos, embora sua alegria com o nascimento deles tenha se transformado em dor, como foi profetizado por Deus, Caim assassinou Abel. Mais tarde deu à luz a Sete, descendente do Messias.

A voz da primeira mulher proclama um aviso vindo do passado a todas as mulheres para que sigam o caminho da obediência.